Eu adoro estatística. Sou praticamente um viciado nisso. Na época de faculdade era a matéria que eu mais gostava, nas provas era rara as vezes que eu não tirava dez. Sou quase um PhD no assunto. Em tese a estatística é a análise de uma coleta qualificada de dados, a inferência, o processamento, e a disseminação das informações. Ela serve – entre outras coisas - para fazer comparações.
Nesse mundo de comparações o que mais me irrita são as absurdas. Tenho um amigo que se queixou comigo. Ele disse que quando tinha 25 anos “pegava” muito mais mulheres que hoje, umas quatro mulheres por semana, uma média de 0,57 ao dia. Isso quer dizer que em 24 horas ele ficava com um pouco mais da metade de uma mulher. Hoje, com quarenta e poucos anos, sua média é uma mulher inteira, porém, durante o ano inteiro.
O pior que ele, esse meu amigo, põe a culpa nas mulheres. Diz que elas estão muito mais interesseiras e mais exigentes e tal. Ele quer continuar “pegando” a mesma quantidade de mulheres que pegava, mas se esqueceu que o tempo passou. Sua barriga cresceu, seu rosto enrugou. Sua pele já não é tão viscosa e rígida como era 20 anos atrás e acima de tudo, não tem mais aquela insistência, aquela voracidade notória em cada jovem de 25 anos. Já foi. Eu disse na lata: se você quiser continuar “pegando” quatro mulheres por semana meu amigo, vai ter que ser pagando. Só assim. Não tem outro jeito. Ele arregalou os olhos do tamanho de uma bola de sinuca.
Mas, aonde que eu quero chegar com esse exemplo. As pessoas se espantam ou se impressionam demais e levam a sério certas estáticas absurdas. Fazem comparações sem sentido. Mesma coisa comparar Pelé com Romario. Ninguém vai saber qual dos dois foi melhor jogador. Ninguém e ponto final. Eles jogaram em épocas diferentes. A bola era diferente. O gramado era diferente. A marcação dos zagueiros era diferente. Definitivamente não seria justo, nem pra um, nem pro outro. O Pelé diz que se ele fez o que fez jogando com uma bola de “capotão”, pesando uma “tonelada”, imagina o que ele teria feito jogando com uma bola dos tempo de hoje, que é leve igual uma pluma. O Romário diz que se ele fez mil gols enfrentando jogadores de defesas violentos e ligeiros, imagina quantos gols ele faria se enfrentasse adversários ingênuos e lentos, como eram antigamente.
Em minha opinião o Pelé foi o melhor jogador do mundo, mas na sua época. Diante de fatores, situações e características do futebol naquele tempo, não resta dúvida que ele foi espetacular.
As comparações devem ser usadas no seu tempo, no seu momento, caso contrario, terá que levar em consideração uma série de fatores que implicaria no resultado final.
Mas, Toni, por que esse assunto logo agora? Por causa da Leleka - Leleka é minha colega de blog e minha comentarista predileta dos meus artigos. Ela – como todos petistas de carteirinha - compara o governo do Lula com os outros e se gaba. Por que estatisticamente o Brasil cresceu mais no governo do presidente petista. Isto é fato. Mas esse fato não significa que o Lula foi melhor, que foi mais competente, que foi mais inteligente e mais bem preparado do que os outros presidentes do Brasil. Longe disso. Esta estatística serve simplesmente pra dizer que o Brasil evoluiu, talvez até fruto de um processo de desenvolvimento natural, por que até a Zâmbia – que é a Zâmbia - evoluiu.
Por hoje é só! Até a próxima semana.
hahaha... esse post de hj, definitivamente me deixou sem palavras... kkkkkkkkkkk Minha única alegria, é saber ke fui inspiração hj... kkkkkkkkk Apesar das opniões adversas, adoro tudu o ke escreveeee!!! Agora Toniiii... vamos mudar a ssuntoooo, deixa o Lula trabalhar!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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